Do que uma mídia sem fontes é capaz
Nessa semana um episódio nefasto marcou a imprensa brasileira. Um jornalista se fez passar por cliente comum, entrou em contato com Heloísa Bolsonaro (esposa de Eduardo Bolsonaro) e contratou os serviços de coaching da psicóloga.
Após o término do curso, o “cliente” entrou em contato com a instrutora e revelou suas verdadeiras intenções ao participar das sessões. O relato que se segue é da própria Heloísa:
Quarta-feira peguei meu celular e haviam várias chamadas perdidas de um “ex-cliente”. Logo que vi, retornei, preocupada. “Será que está tudo bem?” pensei.
– Então, estou ligando para te comunicar que eu registrei todas as nossas 5 sessões e eu vou publicar na revista Época. Você quer falar alguma coisa?”
O diálogo completo:
Isso não é jornalismo. Não é investigação. Isso é invasão de privacidade, a mando de agentes políticos que lutam diuturnamente para desestabilizar o País.
Infelizmente, desse cenário as lições que podem ser tiradas não serão bem aproveitadas. Cada público reage de forma única diante de uma lição, e aqui teremos o seguinte cenário:
Eleitores que votaram em Jair Bolsonaro: Grande parte desse público já entendeu que a “grande mídia” é canalha, bem disposta a esse tipo de “jornalismo” mesmo. Porém, neste público existe ainda uma parcela que não consegue viver sem a grande mídia, é a pessoa que assiste o Jornal Nacional mesmo que seja pra xingar o Bonner. Mas assiste.
Eleitores que não votaram em Jair Bolsonaro: Dentre esse público temos os que “não ligam pra política” e os que votaram no Haddad, Marina, Alckmin et caterva. Os que não ligam pra política não vão perder tempo lendo a matéria da Época, muito menos essa aqui que você está lendo. Já os eleitores dos candidatos anti-Bolsonaro irão ler, concordar e bater palmas para o Spotlight Brasil. Esse público está amargurado. Não conseguiu realizar mentalmente a vitória do racista-fascista-homofóbico-machista Jair Bolsonaro. E, para esse público, vale tudo! Vale concordar com o [professor de Harvard] Jean Wyllys, assinar a Folha de São Verdevaldo e até mesmo advertir os filhos de que a Amazônia está sim em risco.
Resta então a qual público tirar alguma lição dessa história? E qual seria a lição?
Brasileiros preocupados com o destino do País: Vimos, também nessa semana, uma entrevista do General Heleno transmitida pela Rede Vida. Na ocasião, o Ministro-Chefe do GSI disse “[…]agora a gente vai decolar. Até agora o governo tava cuidando de reforma tributária, previdência…”. Agora a gente vai decolar, uma vez que não estamos mais presos às amarras articulatórias vitais à aprovação de projetos que, não obstante sejam essenciais para o sucesso de nossa trajetória, foram utilizados numa tentativa de fazer moeda de troca por parte de parlamentares imundos – com apoio da grande imprensa! A Reforma da Previdência sobreviveu. A sanidade do Paulo Guedes sobreviveu. Bolsonaro sobreviveu. Agora em recuperação de sua quinta cirurgia, mais uma vez sobreviveu, e venceu o já falecido Centrão.
Esse público aqui sabe do que se trata essa matéria da revista Época. É um público que sabe que, o que está em jogo é muito mais que a honra da esposa do filho do presidente. O que está em jogo é o Brasil; o rumo que este país tomou; e a velocidade na qual percorrerá o caminho em direção ao desenvolvimento.
O desenvolvimento nacional de nossa nação passa pela desestatização de dezenas de empresas públicas, desburocratização do sistema tributário, flexibilização das leis trabalhistas, combate ao crime organizado, reconstrução do modelo educacional, conquista territorial do solo entregue a organizações estrangeiras e recuperação do moral do cidadão. E todos esses fatores (e cada um deles) são golpes mortais na ideologia socialista. Exatamente por este motivo levantou-se um exército, com diferentes batalhões atuando em diversas áreas, todos com o objetivo único de impedir o andamento do plano de governo da chapa vencedora nas urnas.
Você que leu esse texto até aqui, você faz parte desse público de brasileiros preocupados com o país. Aprenda essa lição: estamos em guerra, e para o exército inimigo vale tudo, até mesmo invadir a sua privacidade e destruir sua vida.