A estratégia de aniquilação do inimigo por meio do esvaziamento do significado das palavras

O domínio das Universidades pela teoria marxista vendeu à sociedade a imagem de que, a intelectualidade está estritamente – quase exclusivamente – vinculada ao socialismo. 

Em um país que pouco consome os produtos advindos da busca pelo conhecimento, convencer o público de qualquer ponto relacionado ao campo do saber, é fácil. Assim, uma estratégia utilizada por nossos formadores de opinião tropical foi o esvaziamento de sentidos, um arremedo da novilíngua de George Orwell. E esse esvaziamento de sentidos foi bem sucedido a tal ponto que, hoje, não há sequer exército combatendo os males do comunismo em nosso país, afinal “o comunismo acabou”.

“O comunismo acabou” não significa que o regime político deixou de existir. Significa que o vocábulo comunismo não pode mais ser encontrado e, se não pode ser encontrado… como pode ser combatido?

Como se opor ao aborto, sendo que ele é “questão de saúde pública”? Como se opor à ditadura da minoria, se a minoria é “democracia”? Como questionar as decisões de uma suprema corte, se ela é “imparcial”?

Assim, democracia, imparcialidade, direitos humanos, laicidade e tantos outros termos que, até bem pouco tempo atrás eram bandeiras hasteadas por exércitos conservadores, hoje não podem mais ser hasteadas por ninguém, tornaram-se patrimônio imaterial das nações unidas. Tombados pela Unesco não podem mais ser reclamados por ninguém.

O que é democracia? Qual o sentido do termo imparcialidade? Quais são os direitos, e quem são os humanos? O que é um estado laico?

E ainda, posso eu estudar essas questões e, encontrando o significado, decidir me opor a eles e continuar sendo uma pessoa decente (o que é decente)?

Assim, em mais uma batalha que foi travada na guerra cultural no Ocidente, o conservadorismo foi derrotado ao longo dos dois últimos séculos e, hoje, precisa entender – e convencer – que, para lutarmos pelo que acreditamos, primeiro precisamos retomar o poder sobre nossa Língua. Sem palavras, não há convencimento. Sem convencimento não haverá mudança social, continuaremos sendo uma nação de pessoas que acreditam que o único estado possível é o laico, o único regime político possível é o presidencialismo e acreditando que só há estado de direito se houver sempre infinitas instâncias superiores acima da última instância.

Urge a este povo buscar o conhecimento de sua pátria, sua língua e lembrar de tudo o que abandonou e precisa ser resgatado. Como escreveu João ao anjo da igreja em Éfeso: “Todavia, eu tenho algo contra ti, porque deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, portanto, de onde tu caíste, e arrepende-te, e fazes as primeiras obras”. – Ap 2:4.5

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