BREVES REFLEXÕES: A MORTE DE UM HOMEM.
Jo 11:50 “Convém que morra um homem pelo povo e que não pereça toda a nação”.
Neste trecho do evangelho podemos ver o nítido Ódio que aqueles fariseus sentiam por Jesus Cristo, chegaram ao ponto de dizer que caso Nosso Senhor continuasse vivendo, toda a nação pereceria. Eles tinham em suas almas uma repulsa – negação – tão grande ao Autor da Vida, que queriam matá-lo de qualquer forma. Mal sabiam eles que Ele próprio estava se entregando, para entregar à nós a Felicidade Eterna.
Aqueles homens – que amavam a Lei de Deus – gastavam suas pobres vidas em tentar obedecer ao Senhor e conquistar a salvação com seus próprios méritos. E no afã de salvarem a si mesmos, eles mataram o Único que podia livrar-lhes da Condenação Eterna. Muitas vezes não enxergamos que este é fim natural do legalismo, o assassinato da Vida!
Sempre que negamos o auxílio da Graça estamos também negando o Cristo, e trocando-o por Barrabás. Toda boa obra que fazemos – e ela devem ser feitas – desprezando a Graça, produzindo-a com nossos próprios esforços, se tornará naturalmente uma obra maligna. Portanto, atentemo-nos todos os dias, para a intenção dos nossos corações; lembremos sempre que se não formos movidos pelo Espírito, e auxiliados pela Graça, nada de bom podemos fazer…
Mas antes de encerrarmos nossa breve reflexão de hoje, pensemos também no seguinte ponto: quem tornou possível o regicídio dos fariseus? Judas! O próprio discípulo de Jesus Cristo, aquele que teve seus pés lavados pelo Rei do Universo, o entregou de maneira vil e covarde. Aquele que foi tratado com tamanha caridade durante aqueles anos, agora se voltava contra este que o tão bem tratou, e mata-o!
Pensemos neste momento em quantas vezes nós fizemos isso. Quantas vezes não trocamos o nosso Amado, por prazeres passageiros – trinta moedas de prata? Tenho certeza que não fui o único a fazê-lo… Quem dera pudéssemos mudar o passado, desfazer os pecados que cometemos, contudo, tudo que conseguimos fazer agora é não mais pecarmos.
Não raramente nós preferimos as recompensas mundanas às Bençãos Celestiais, citadas por São Paulo em Éfesios. Durante nossa vida, nós também traímos Jesus Cristo, nós entregamos para a Morte aquele que nos deu a Vida. Mas Ele, em toda sua misericórdia, continua a ser caridoso conosco, e mesmo sabendo que cometeríamos estes atos vis, Nosso Salvador vem e lava nossos pés; se isso não quebranta nossos corações, então nada o fará…
Por isso, hoje mesmo, prostremo-nos em arrependimento, derramemos nossos corações contritos e penitentes perante os pés da Cruz. E oremos com choro e ranger de dentes para sermos perdoados, para que não sintamos essa dor (o afastar da Amizade de Deus) por toda a eternidade. Ele ainda está lá, naquele madeiro, com os braços – sangrentos – abertos, esperando pelo retorno do filho pródigo, ansiando para dar-nos um abraço, aproveitemos enquanto ainda é tempo…
Portanto, reflitamos hoje: será que nossas boas obras não são, na verdade, atos malignos? Será que não estamos tentando alcançar o céu por nossos méritos, e não pelos de Cristo? Será que estamos trocando-o por trinta moedas de prata? Será que não estamos sendo displicentes com o sacrifício feito por nós?