Despetizar é preciso
A cor da máquina pública brasileira hoje é o vermelho. Essa é a constatação após apuração realizada nos últimos dias. Dos funcionários públicos que estão na esfera federal e são filiados a partido político, a maioria é PT; em seguida PCdoB.
Essa é a triste realidade do nosso país, uma nação que foi tomada de assalto por políticos e seus cabos eleitorais e que, de posse do poder, criaram todas as ferramentas necessárias para sua perpetuação no poder. Da esfera administrativa, passando pela jurídica e chegado ao estado paralelo, os comunistas & amigos construíram uma estrutura inabalável, um gigante com pés de bronze que tem resistido às tentativas do Governo Federal em “despetizar” a máquina, como disse Onix Lorenzoni em cerimônia realizada no Palácio do Planalto em janeiro, ocasião em que o Ministro Chefe da Casa Civil anunciou a exoneração de cerca de 320 cargos em comissão na pasta.
“Isso faz parte um pouco daquela frase que o presidente Bolsonaro dizia na campanha, fazer a despetização do governo federal. E amanhã na reunião ministerial eu vou sugerir que os ministros possam também seguir neste caminho.” – Onix Lorenzoni, em 2 de janeiro de 2019.
Sugeriu, mas não convenceu. Tem ministro que até hoje insiste em não despetizar a máquina. A desculpa vai de “é impossível encontrar os boicotadores” a “se eu demitir todos os petistas não sobra ninguém”. E assim segue um governo onde o primeiro escalão é de primeira linha verde e amarela, mas o segundo e terceiro escalão é um trançado de um fio verde, um amarelo e dois vermelhos.
As consequências dessa máquina pública mista pode ser vista em situações como a do Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que mesmo após indiciado não larga a pasta; ou do Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que trabalha dia e noite e de sua atuação nada se vê pois o seu Diretor de Comunicação é o ex-assessor de imprensa da Dilma Rousseff (que acumula ainda em seu currículo ter sido o porta-voz da Comunicação do governo Agnelo Queiroz, o governador petista do DF responsável pela farra na construção dos estádios da Copa).
No início do ano, Onyx fez a leitura perfeita, “o governo é novo, veio um novo Brasil. Ou afina com a gente, ou troca de casa. É simples assim”. É preciso fechar o ano com outra reunião, e agora fazer o balanço do trabalho de despetização. Se entrarmos 2020 com esse caleidoscópio na gestão pública, a máquina pode ranger até quebrar.